A aventura do Intercidades
Ontem fiz uma viagem de comboio entre a Covilhã e Lisboa. Adoro viajar de comboio, provavelmente porque este meio de transporte está ligado às boas recordações dos interrails... Devo dizer que foi com alguma excitação que encarava esta viagem, que via como um possível estudo sociológico do nosso país. De facto, permitiu-me tirar várias conclusões sobre o estado da nação...
A primeira é que realmente os portugueses não sabem estar. As crianças gritam toda a viagem e os pais não dizem nada. As crianças mandam papéis para o chão e os pais não dizem nada. Os pais gritam com as crianças e elas gritam mais alto. Os pais mandam papéis para o chão e as crianças não dizem nada.
A segunda é que os portugueses não sabem procurar o seu lugar num comboio. Não sabem ler o seu lugar no bilhete e não sabem onde procurar o número da carruagem, nem do assento. E depois, gloriosamente, gritam, Ó Manel, é aqui, já encontrei, quando já percorreram meio comboio com as suas malas a baterem nas pernas dos outros passageiros tranquilamente sentados.
A terceira é que este país tem um futuro pouco animador. É que as pessoas que gritam de uma ponta à outra da carruagem Ó Manel, é aqui, já encontrei, não são necessariamente pessoas da província com um saco roxo aos quadrados brancos na mão esquerda e um garrafão de vinho na mão direita. As pessoas que gritam, podem ser adolescentes de capuz na cabeça, mãos nos bolsos e com fones do Ipod no volume máximo. São adolescentes que não sabem onde encontrar informação, nem a sabem aplicar. São aqueles que o estudo do PISA descreveu há uns anos, como não sabendo ler os horários dos comboios num folheto informativo. São o futuro deste país.
Eu espero que estas minhas observações negativistas se devam ao facto de estar a viver num país onde a eficiência ferróviária é perfeita. Porque se não for assim, não sei para onde vamos...
Talvez para Espanha, de TGV....
A primeira é que realmente os portugueses não sabem estar. As crianças gritam toda a viagem e os pais não dizem nada. As crianças mandam papéis para o chão e os pais não dizem nada. Os pais gritam com as crianças e elas gritam mais alto. Os pais mandam papéis para o chão e as crianças não dizem nada.
A segunda é que os portugueses não sabem procurar o seu lugar num comboio. Não sabem ler o seu lugar no bilhete e não sabem onde procurar o número da carruagem, nem do assento. E depois, gloriosamente, gritam, Ó Manel, é aqui, já encontrei, quando já percorreram meio comboio com as suas malas a baterem nas pernas dos outros passageiros tranquilamente sentados.
A terceira é que este país tem um futuro pouco animador. É que as pessoas que gritam de uma ponta à outra da carruagem Ó Manel, é aqui, já encontrei, não são necessariamente pessoas da província com um saco roxo aos quadrados brancos na mão esquerda e um garrafão de vinho na mão direita. As pessoas que gritam, podem ser adolescentes de capuz na cabeça, mãos nos bolsos e com fones do Ipod no volume máximo. São adolescentes que não sabem onde encontrar informação, nem a sabem aplicar. São aqueles que o estudo do PISA descreveu há uns anos, como não sabendo ler os horários dos comboios num folheto informativo. São o futuro deste país.
Eu espero que estas minhas observações negativistas se devam ao facto de estar a viver num país onde a eficiência ferróviária é perfeita. Porque se não for assim, não sei para onde vamos...
Talvez para Espanha, de TGV....
4 Comentários:
Sandra, gostei do teu blog e este teu texto é, infelizmente, aplicável em muito mais lugares.
Tenho muita pena que assim seja, porque serei portuguesa até ao fim dos meus dias e gostava que tudo fosse diferente.
Os porquês de ser assim, merece mesmo um estudo. Afinal, já demos novos mundos ao mundo, e é certo, que nos outros países, somos tão bons como os naturais de lá, temos espírito empreendedor, comportamo-nos civilizadamente, etc. etc....
Então, porque não somos aqui educados e educadores, diligentes, pontuais, responsáveis, ávidos de conhecimento, respeitadores, etc. etc..
Fica o tema para o estudo e,apesar de tudo, a esperança que tudo vai mudar.
11/07/2007 11:53 da tarde
Obrigada pela vsita!
Também é conterrânea!?
11/08/2007 11:35 da manhã
adorei o parágrafo:
A primeira é que realmente os portugueses não sabem estar. As crianças gritam toda a viagem e os pais não dizem nada. As crianças mandam papéis para o chão e os pais não dizem nada. Os pais gritam com as crianças e elas gritam mais alto. Os pais mandam papéis para o chão e as crianças não dizem nada.
11/12/2007 3:12 da manhã
Vê lá se lhes dás educação, já que os pais não fazem, hihihihi:)))
Beijitos
11/12/2007 10:41 da tarde
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